A INSULINA e o CORTISOL são os hormônios mais incompreendidos no mundo da musculação. São vistos quase sempre como vilões pela maioria dos praticantes e novatos. Isso se deve a certos efeitos desses hormônios no tecido adiposo e muscular, a insulina por seu efeito lipogênico (armazenamento de gordura) e o cortisol por seu efeito catabólico (degradação de proteínas no músculo). Aí que está o problema, porque quando você olha apenas um dos efeitos hormônios isoladamente e em um momento em particular você não tem uma real compreensão de seus efeitos globais.
A insulina como sabemos é também um poderoso hormônio anabólico, então elevar a insulina pode não ser uma boa estratégia para quem quer perder gordura, mas em alguns momentos do dia (como pós-treino) é muito importante elevar os níveis de insulina para evitar a degradação proteica e te colocar em um estado anabólico favorável, e aqueles que possuem um metabolismo mais acelerado podem ter na insulina um importante aliado no ganho de massa muscular.
Cortisol é um hormônio importante na promoção das adaptações ao estresse geradas pelo treinamento de força, atuando nos processos de reparação tecidual, e também um hormônio lipolítico (queima de gordura). Se você treina e se alimenta bem não precisa se preocupar com o cortisol. Você vai catabolizar se criar condições para isso, como um déficit calórico muito alto, pós-ciclo de esteroides onde os anabólicos estão suprimidos, excesso de treino aeróbico sem uma alimentação adequada, estresse emocional, etc. Cortisol ruim é aquele elevado pelo estresse emocional, no caso estresse físico gerado pelo treino de força ou resistência ele é quase sempre um aliado, desde que você mantenha uma rotina e nutrição adequadas.
Escrito por Maria Fernanda
Fisioterapeuta Fisiform